Raised by Wolves, de Ridley Scott, mostra o fôlego das histórias com androides

No universo de Ridley Scott, os androides sempre ocuparam posições intrigantes. Ash, por exemplo, é responsável pela grande virada no filme <i>Alien, o Oitavo Passageiro</i> (1979). Com os tripulantes confinados na nave, a revelação da natureza não humana do personagem era apenas o começo de um protagonismo da vida artificial nas obras do diretor.

Anos depois, em <i>Blade Runner</i> (1982), a partir do livro de Philip K. Dick, temos o ápice. O assunto avança na trama de perseguição aos clones humanos, os chamados replicantes. Agora, em 2020, Scott segue quente no tema, com a série <i>Raised by Wolves</i>, e mostra que há muito para se explorar com seres artificiais.

A série da HBO estreou em setembro e mistura o fervor da religião com um mundo destruído pela tecnologia. Enquanto grupos de humanos tentavam abandonar a Terra, um casal de androides desembarca no planeta Kepler 22b, com uma missão bem específica: recriar a vida humana.

Pai e Mãe, como são chamados, são interpretados por Abubakar Salim e Amanda Collin. Mãe desenvolveu a capacidade de gerar fetos humanos interligados por fios e tem a ajuda de Pai na criação da nova geração humana. Diante do perigo, Mãe revela sua natureza, como uma poderosa Necromante, capaz de aniquilar tudo ao seu redor.

Um dia, a família recebe uma visita hostil de alguns humanos que querem destruir Mãe. No papel de um fugitivo, Marcus é interpretado por Travis Fimmel, da série <i>Vikings</i>, e viaja com um grupo de religiosos que não conhecem sua real identidade. O choque com Pai e Mãe vai provocar um verdadeiro conflito entre humanos e androides.

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