Ainda que sem qualquer previsão de volta das competições, o Atlético Mineiro retomou as atividades no seu CT na última terça-feira. Os trabalhos estão sendo realizados em grupos pequenos na Cidade do Galo, em função das restrições impostas para evitar a propagação do coronavírus. Mas o zagueiro Réver acredita que os treinamentos são válidos para recondicionar fisicamente os atletas, que podem começar a compreender o estilo tático do técnico Jorge Sampaoli.
"Com a chegada do Sampaoli, esse retorno acaba ajudando para que os jogadores conheçam o perfil do treinador, o que ele pede taticamente para os jogadores. Então, acredito que, mesmo sem data (para voltar a jogar), a gente tem um ganho importante, mesmo nesse período em que estamos treinando em grupos separados, setorizados. Isso vai acabar nos ajudando a nos condicionar fisicamente e fazendo com que a gente entenda, num todo, o que o treinador nos pede taticamente", disse.
Contratado no início de março, Sampaoli teve apenas uma semana de treinos no Atlético-MG, tendo feito a sua estreia em vitória por 3 a 1 sobre o Villa Nova. Depois, o Campeonato Mineiro foi paralisado em função do surto da covid-19. Nesses primeiros trabalhos, assegura que o treinador já tem feito ajustes táticos.
"É um trabalho totalmente diferente da semana que tivemos, antes do jogo contra o Villa Nova, onde você tinha o grupo completo. Agora, treinando separadamente, acaba exigindo algo diferente. São apenas dois treinamentos nessa volta, mas já dá para entender bem a característica, o que ele quer da equipe e almeja de nós, jogadores. Então, espero que possamos ter essa tranquilidade para trabalhar nesses dias, cabeça boa, para que possa surtir efeito, mesmo com essa pandemia e essa dificuldade que estamos enfrentando", acrescentou.
A entrevista em que Réver deu essas declarações ocorreu na sala de imprensa da Cidade do Galo, mas em um cenário bem diferente ao usual, pois o local estava vazio, com as perguntas ao zagueiro tendo sido enviadas previamente. O capitão, que utilizava máscara enquanto dava suas respostas, comentou os protocolos que têm sido adotados pelo Atlético.
"Nesses 60 dias que se passaram, eu ainda não havia visto ou encontrado várias pessoas dessa maneira, de máscara. Então, foi até assustador chegar ao CT e passar por todos os procedimentos até poder chegar ao campo. E todo mundo usando máscara, toando os devidos cuidados, necessários. É algo assustador, mas é a nossa realidade de hoje e temos que enfrentá-la da melhor maneira possível, tomando todos os cuidados necessários para não correr esse risco", comentou.