O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), fez novas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à taxa de juros do País. Em pronunciamento neste sábado, 17, o líder classificou o presidente da instituição monetária como "resquício bolsonarista".
O comitê de política monetária do Banco Central se reúne nesta semana para discutir a nova taxa básica de juros, da economia, a Selic. Apesar da queda da inflação, a expectativa de alguns analistas do mercado é a manutenção do índice em 13,75%.
Randolfe discursou há pouco em cerimônia de entrega de 222 unidades habitacionais do Residencial Angelin, em Abaetetuba (PA), que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao comemorar a melhora dos índices econômicos do País e do preço dos combustíveis, o senador pontuou que a "obra da reconstrução", um dos slogans do governo Lula 3, tem dificuldades.
"Só falta agora o resquício bolsonarista lá no Banco Central, o tal do Roberto Campos Neto, começar a baixar a taxa de juros que ninguém segurará este País", disse, durante evento. "Iremos crescer, sobretudo para dar dignidade aos brasileiros", acrescentou.
Também neste sábado, o banco UBS divulgou relatório no qual afirmou esperar uma manutenção da Selic. "O início do ciclo de flexibilização ainda depende de novas reduções nas expectativas de inflação", disseram os analistas do banco, afirmando que o Boletim Focus, idealizado pelo Banco Central, tem apontado para a diminuição da expectativa de inflação em 2023.
Para a instituição bancária, o ciclo de alta de juros só deve chegar em setembro, quando acontecerá, segundo o UBS, o primeiro corte de 0,5 ponto porcentual da Selic acontecendo em setembro. "Esperamos que a Selic encerre este ano em 12,25% e atinja 9% até setembro de 2024?, diz o relatório.