A Fitch afirma em comunicado que os ratings soberanos de mercados emergentes "têm em geral se estabilizado em 2021", após "um número substancial de rebaixamentos" no auge do choque da pandemia da covid-19, em 2022. As perspectivas negativas superam as positivas, o que sinaliza riscos de baixa para as classificações, aponta a agência em relatório.
A agência diz que rebaixou apenas dois países emergentes desde maio de 2021, Colômbia e Tunísia, enquanto Costa do Marfim e Gabão tiveram elevações no rating.
Em 2020, houve resultado líquido de 30 rebaixamentos, com outros dois no primeiro trimestre do ano atual.
Já as perspectivas negativas superam as positivas em 19, "sinalizando que mais rebaixamentos líquidos são prováveis". Tem havido, porém, um ponto de inflexão desde agosto de 2020, considera.
Muitos emergentes enfrentam desafios para reduzir déficits orçamentários e estabilizar a dívida pública, após mais gastos causados pela pandemia, diz a Fitch.
O crescimento desses países deve desacelerar e há pressões sociais substanciais em muitos casos, adverte. "A crescente inflação e taxas de juros mais altas se somam aos desafios."