Há cinco anos, a executiva Carolina Sevciuc foi encarregada de criar uma área de inovação na Nestlé, inicialmente incorporada ao setor de marketing. Durante o processo, estudou muito sobre inovação e, aos poucos, entendeu que a empresa precisava se abrir ao ecossistema de startups se quisesse manter a competitividade e estar à frente da concorrência.
Naquela época, a empresa era muito fechada e tinha seus próprios centros de tecnologia espalhados pelo mundo. "Então, você imagina o tipo de conversa que tivemos de ter nos mais diversos níveis da companhia, incluindo o jurídico", diz Carolina, que é chefe de transformação digital da Nestlé – 5.º lugar no ranking da "100 Open Corps".
Nos últimos três anos, a empresa avaliou mais de 1,4 mil empresas, trabalhou com 397 delas e fez projeto piloto com outras 100. Em termos de contratos, foram 35 fechados até agora. Hoje, a empresa tem uma plataforma de inovação aberta, o Panela, para facilitar o contato de startups e estudantes com a empresa.
Entre as experiências positivas da empresa, Carolina cita o caso da parceria entre o Empório Nestlé e a startup Supermercado Now. O acordo permitiu que os produtos da empresa, antes comercializados nas lojas físicas, fossem vendidos também de forma online.
Outro caso é a parceria com a Ubivis, que tem ajudado na transformação digital e na implementação da indústria 4.0 nas fábricas da Nestlé.
A startup montou um software robô de autoajuste na produção de chocolates na unidade de Caçapava, no interior de São Paulo. A solução ajudou a multinacional a diminuir perdas de dosagem de matéria-prima. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>