Estadão

Real Madrid perde invencibilidade no Espanhol e liderança fica com o Barcelona

Não há mais equipes invictas no Campeonato Espanhol. Após 10 vitórias e dois empates, o atual campeão Real Madrid sofreu o primeiro revés na competição em jogo com duas viradas e vitória do Rayo Vallecano por 3 a 2 em Vallecas, distrito de Madri. Com o resultado, o time merengue desperdiçou a chance de retomar a liderança, desde sábado com o rival Barcelona.

O jogo com arbitragem confusa e cheia de erros de Juan Martinez teve pênalti que não foi, goleiro defendendo penalidade e o lance sendo remarcado, gol de brasileiro, muitos cartões amarelos (nove) e expulsão de técnico por reclamar com razão.

Com o primeiro revés no Espanhol, o Real Madrid permaneceu com 32 pontos, dois atrás do Barcelona. Já o Rayo Vallecano subiu para o oitavo lugar, com 21. A busca da reabilitação merengue está agendada para quinta-feira, no Santiago Bernabéu, diante do Cádiz. O Barcelona visita o Osasuna nesta terça-feira.

O Real Madrid pisou no gramado do lotado Estádio de Vallecas ciente que só um triunfo o recolocaria na liderança do Espanhol após os 2 a 0 do Barcelona sobre o Almería, no sábado. O jogo de encerramento da 13ª rodada, contudo, começou com os donos da casa pressionando e abrindo vantagem logo com 5 minutos, gol de Comesaña após cruzamento de García.

Empurrado pela barulhenta torcida, o Rayo Vallecano era ousado diante do atual campeão. García levava enorme perigo ao goleiro Courtois com seus chutes de longe. Mas foi o Real Madrid quem buscou a igualdade. Já na reta final do primeiro tempo, Asensio caiu na área e o árbitro ignorou o lance. Mas acabou mudando de ideia ao olhar o monitor do VAR. Modric empatou para bastante protesto das arquibancadas.

Em final de etapa emocionante, Eder Militão virou aos 41 minutos, de cabeça, após escanteio cobrado com precisão por Asensio. A festa merengue durou só três minutos. Trejo chutou na marcação e, no rebote, tocou de cabeça para García bater forte e empatar.

A volta do árbitro para a etapa decisiva foi sob enorme cobrança por causa do pênalti polêmico. E todo lance era bastante questionado por causa das decisões confusas. O jogo era quente e os cartões amarelos se acumulavam. Logo aos 5 minutos, os torcedores do Rayo Vallecano queriam um pênalti de Éder Militão. A jogada seguiu.

Com muitos jogadores se contundindo e acabando fora da Copa do Mundo do Catar nos últimos dias, os espanhóis tiveram um susto aos 10 minutos do segundo tempo quando o lateral-direito Carvajal escorregou, sozinho, e caiu no gramado reclamando de muitas dores na virilha. Foi atendido, fez um alongamento e voltou para alívio não apenas do Real Madrid, mas também dos fãs da seleção.

O lateral, por sinal, se envolveria no lance do terceiro gol dos mandantes. Logo após o técnico Andoni Iraola ser expulso por cobrar a arbitragem após mais um erro (escanteio claro ignorado), um cruzamento longo bateu no braço de Carvajal após tentativa de drible. Perdido, o árbitro nada marcou para revolta geral. Mas apelou ao VAR. Pelo monitor, confirmou o pênalti.

Trejo bateu forte e mal, no meio do gol, e Courtois defendeu. Como o goleiro estava adiantado, com os pés na frente da linha, o lance se repetiu. E o argentino, desta vez com categoria, mandou no canto para enorme festa da torcida. Por um momento, após a vantagem, o Rayo Vallecano chegou a colocar o Real Madrid na roda, com toques rápidos.

Convocado para a Copa do Catar, o atacante Rodrygo teve chance de empatar aos 44, perdendo chance cara a cara. Mandou para o alto. O árbitro deu 8 minutos de acréscimos, para desespero da torcida local, mas as mexidas de Carlo Ancelotti não surtiram efeito e, apesar da enorme pressão, o Real Madrid acabou superado em dia no qual pouco fez para merecer resultado melhor.

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