Economia

Reavaliação sobre Meirelles segura dólar

Depois de uma corrida que transformou a alta de terça-feira, 10, em queda já na reta final dos negócios, a moeda norte-americana sustentou o sinal negativo em boa parte da sessão desta quarta-feira, 11. O motivo eram os rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia ocupar a vaga do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Durante o pregão, no entanto, essa euforia se transformou em pessimismo, diante da leitura de que, mesmo com perfil mais político, Meirelles não vai fazer milagres com a economia brasileira.

O dólar à vista, assim, devolveu boa parte de sua baixa, chegando inclusive a operar em alta na máxima do dia, a R$ 3,7844. Entretanto, ainda terminou no vermelho, em queda de 0,32%, a R$ 3,7669, num movimento de ajuste ao fechamento do dólar futuro na véspera, que terminou com perdas bem mais substanciais do que o à vista. Hoje, o dólar para dezembro registrava, às 17h16, alta de 0,61%, a R$ 3,7930.

Os rumores de que Meirelles teria recebido aval do ex-presidente Lula para conversar com lideranças políticas encontraram, na fraqueza de Levy, ambiente propício para se espalharem. Isso porque o atual chefe da Fazenda vem encontrando dificuldades de passar as medidas de ajuste fiscal, sobretudo por defender que suas propostas não sejam alteradas – embora muito já tenha sido desfigurado na tramitação truncada no Congresso.

Hoje, coincidentemente, os dois personagens participaram lado a lado de um evento da CNI em Brasília. Meirelles negou que tenha recebido um convite concreto para assumir o ministério. Já Levy não tocou no assunto e continuou repetindo seu mantra sobre a necessidade de um ajuste fiscal, e rápido. A questão é que a troca, agora, pouco adiantaria para a economia. É fato que são necessárias medidas de austeridade e equilíbrio de contas. A questão que fica é se Meirelles conseguiria apressar a tramitação disso no Congresso.

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