Rebeldes sírios lançaram uma ofensiva neste domingo para quebrar o cerco do governo à parte leste de Alepo, a principal cidade do país. A ONU estima que 300 mil pessoas estão presas na cidade, que vive com escassez de alimento e remédios.
Enquanto a facção ultraconservadora Ahrar al-Sham anunciava a campanha rebelde, os moradores da parte norte da cidade sitiada queimaram pneus para reduzir a visibilidade para jatos que sobrevoassem o local, de acordo com o ativista local Wissam Zarqa.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com base no Reino Unido, informou que os rebeldes e as forças pró-governo estavam se enfrentando nos arredores de Alepo e que jatos russos ou do governo bombardearam bairros na parte leste da cidade.
As forças governistas fecharam a última rota para a resistência rebelde no início de julho, replicando táticas de cerco que já havia adotado durante a guerra e tiveram resultados mistos. Bairros oposicionistas em Homs, a terceira maior cidade da Síria, se rendeu ao controle do governo em 2014 após um cerco de dois anos deixar os moradores à beira da fome. Segundo um enviado especial da ONU na Síria, Alepo tem mantimentos suficientes para durar três semanas.
Na quinta-feira, os exércitos sírio e russo anunciaram corredores seguros para quem quisesse deixar a área sitiada, mas, segundo o governo russo, apenas 169 civis saíram da região. Diversos grupos humanitários avisaram que é ilegal privar os cidadãos de necessidades básicas e afirmaram que os moradores não deveriam ter de escolher entre deixar suas casas ou passar fome. Fonte: Associated Press.