O presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, afirmou nesta terça-feira que recebeu garantias de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não avalia demitir o conselheiro especial Robert Mueller, procurador nomeado para investigar a interferência da Rússia na eleição presidencial americana de 2016, em meio às preocupações sobre os ataques de Trump.
Deputado republicano por Wisconsin, Ryan não quis dizer quais garantias foram dadas nem informou quais passos seriam tomados se o presidente encerrasse a investigação. Segundo Ryan, o conselheiro especial “deve ser livre para realizar toda a investigação sem interferência”. Ele disse estar confiante de que isso ocorrerá. “Eu tenho recebido garantias de que a demissão dele não está nem em consideração.”
Trump e seus advogados têm se mostrado cada vez mais críticos nos ataques à investigação conduzida por Mueller, que resultou em acordos de admissão de culpa ou no indiciamento criminal de vários ex-assessores da campanha de Trump, sob a acusação de mentir a autoridades, lavagem de dinheiro, conspiração e evasão tributária.
Advogado pessoal do presidente John Dowd pediu que o Departamento de Justiça interviesse para interromper a investigação de Mueller. Trump já citou o nome do conselheiro especial algumas vezes no Twitter e falou em “caça às bruxas” e “conflitos de interesse”. Alguns republicanos já se posicionaram contra a demissão.
Mueller conduz uma investigação abrangente sobre se leis criminais foram desobedecidas durante a campanha presidencial. Suspeita-se que uma campanha apoiada pelo governo russo buscou impulsionar a campanha de Trump. O presidente tem negado qualquer conluio entre sua campanha e Moscou e o governo da Rússia tem negado qualquer interferência na eleição dos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.