Cidades

Reconstrução após estragos causados por chuva esbarra em falta de materiais

Após granizo, preços de telhas disparam em Guarulhos

Depois de três dias após a forte chuva de granizo que assolou a cidade, guarulhenses encontram dificuldades para encontrar no mercado acessórios para reconstruir seus lares. Além da falta de previsão para reposição dos estoques, a população encontra também o aumento do valor cobrado como um obstáculo. No caso das telhas, o preço subiu até 20% em lojas de materiais de construção.

"Pela falta do produto existem filas de espera para comprar, com preços que de até R$ 50 que antes era R$ 25", declara a doméstica Marta da Silva, 51 anos, proprietária de um imóvel danificado pela tempestade no Picanço.

De acordo com o empresário João da Silva, 63, o anseio pela aquisição de telhas deve continuar por cerca de 15 dias por conta do tempo hábil para fornecimento dos acessórios. Já Marcelo Kato, gerente do Depósito de Materiais de Construção Nakashima, afirma que o prazo para atendimento desta demanda está sem previsão, por isso o aumento do produto – além da grande procura. Ele aponta que, ao chegar nova remessa, o produto terá o acréscimo de R$ 4 no valor da unidade.

Problemas com seguradores e falta de recursos prejudicam reestabelecimento

A forte chuva de terça-feira deixou rastros de destruição. Moradores começam as reconstruções e encontram dificuldades, seja para conseguir ressarcimentos junto a seguradoras ou problemas financeiros.

No edifício da rua Rahal, 244, apartamentos foram danificados e os moradores não têm perspectivas para começar a reconstrução. "Entramos em contato com a construtora Comtinfer e a Caixa, seguradora dos apartamentos, para reaver os custos causados pelos danos. Porém o caso provocou impasse entre os envolvidos, isso porque a construtora alega que o telhado não faz parte da estrutura e a seguradora não informa prazo para avaliação dos empreendimentos", destaca a autônoma Vanessa Santos, 28 anos.

Caso mais grave enfrentam moradores da rua Leoberto Leal, que aguardam iniciativas da Defesa Civil e doações de terceiros para iniciar a reconstrução. "A Defesa Civil nos trouxe plásticos para cobrir as casas e nos prometeu a entrega de colchonetes para acomodação. Além da ajuda da Defesa, estamos recebendo doações para continuarmos a vida, mesmo depois de perder praticamente tudo", declara a doméstica Aline Lima, 21.

O Guarulhos Hoje procurou a Caixa e a Comtinfer Construtora para esclarecimentos, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.

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