Economia

Recuperação de commodities e noticiário interno fraco favorecem queda do dólar

A recuperação de commodities como o petróleo e o cobre aliviou os temores que dominaram os mercados internacionais ontem e favoreceu um avanço das moedas emergentes sobre o dólar, incluindo o real. Com o noticiário doméstico sem grandes novidades nesta sexta-feira, 5, o dólar terminou em leve queda e encerrou a semana com variação próxima de zero.

O dólar à vista no balcão terminou o pregão em baixa de 0,25%, a R$ 3,1750, concluindo a semana com retração de 0,12%. O giro registrado na clearing de câmbio da B3 foi de US$ 626,278 milhões. No mercado futuro, o dólar para junho perdia 0,45% por volta das 17h15, a R$ 3,1965. O volume de negócios somava US$ 15,049 bilhões. No exterior, o dólar caía ante a maioria das moedas emergentes e de países exportadores de commodities, como o rand sul-africano (-1,60%), o dólar canadense (-0,68%) e o rublo russo (-0,72%).

O relatório sobre o mercado de trabalho (payroll) dos EUA mostrou criação de 211 mil empregos em abril, acima da previsão, de 188 mil, enquanto a taxa de desemprego caiu para 4,4%, o menor nível desde maio de 2007 e contrariando a previsão de alta para 4,6%. Entretanto, os números de geração de vagas dos dois meses anteriores sofreram revisões, gerando uma perda líquida de 6 mil empregos no período. Além disso, o salário médio por hora dos trabalhadores do setor privado ficou em US$ 26,19 em abril, alta de US$ 0,07 (ou 0,27%) ante o mês anterior. A projeção do mercado era de ganho ligeiramente maior, de 0,30%.

Um dos motivos para a tranquilidade nos mercados externos foi a recuperação do petróleo, com o barril do WTI subindo 1,54%, e do cobre, que avançou 0,67% na Comex. O minério de ferro negociada na China, por sua vez, teve novo dia de forte queda, com baixa de 5,3%, mas isso não impediu uma melhora das mineradoras globais.

Em relação ao segundo turno da eleição presidencial na França, a vantagem do centrista Emmanuel Macron sobre a euro-cética Marine Le Pen é tão grande que os investidores deixaram a cautela de lado e já dão sua vitória como certa. Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Ifop-Fiducial para a Paris Match mostra que as intenções de voto em Macron subiram para 63%, enquanto Le Pen ficou com 37%.

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