A reestruturação do Instituto de Previdência dos Funcionários Públicos Municipais (Ipref) – que deve chegar, até o final do ano, com uma dívida acumulada estimada em R$ 60 milhões – acontecerá apenas na próxima gestão. Durante o "1º Encontro dos Regimes Próprios de Previdência Social da Região Metropolitana de São Paulo", na manhã desta terça-feira, o prefeito Sebastião Almeida, explicou que neste ano estão sendo realizados estudos entre a Prefeitura e a autarquia para encontrarem uma solução cabível.
"A determinação que eu dei para o Ipref é que vejam todas as alternativas, todos os cenários possíveis e que construam todos os caminhos porque nós temos a obrigação de deixar isso preparado para quem administrar a cidade a partir de 1º de janeiro do ano que vem poder tomar uma decisão", afirmou Almeida.
Segundo o Departamento de Despesa, o total da receita do Ipref deve alcançar R$ 22,6 milhões, contudo este valor é quatro vezes menor que o total de despesas do órgão prevista para este ano, que deve ser de R$ 82 milhões. A situação é tão desesperadora que a estimativa é de que haja um aumento de receita nos próximos 12 anos de apenas 100 mil, enquanto o saldo negativo deve chegar, no mesmo período, a R$ 92 milhões.
Para Almeida todos os recursos disponibilizados pela Prefeitura ao órgão são utilizados como forma de corrigir um erro no passado, onde os órgãos públicos não efetuavam o pagamento para a autarquia corretamente. Para ele, agora só há duas alternativas: manter o sistema atual o que acarretará em longo prazo a extinção da autarquia; ou todos os órgãos públicos passam a contratar novos profissionais pelo regime estatutário – o que garantiria a sobrevivência do Ipref sem o aporte da Prefeitura – contudo não há previsão de que novos concursos públicos sejam realizados em 2012.