O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse nesta terça, 17, que a reforma administrativa está na agenda econômica do governo, mas frisou que as medidas em debate não têm como objetivo ajudar no esforço fiscal necessário para reequilibrar as contas públicas.
"A reforma administrativa é importante, não podemos nos furtar a esse debate. Mas devemos olhar da forma mais macro possível, com o primeiro objetivo de melhorar a eficiência dos serviços ao cidadão e, apenas em segundo lugar, (com o objetivo de) uma redução de custos", disse ele, em evento que debateu o futuro dos meios de pagamento. "Até porque o efeito é pequeno diante da necessidade de ajuste fiscal que a União tem hoje. Precisamos de um ajuste que a reforma administrativa não consegue entregar."
Embora as medidas fiscais apresentadas ao Congresso até aqui estejam direcionadas apenas ao aumento da arrecadação – o que tem rendido críticas de especialistas e do mercado à equipe econômica -, Durigan afirmou que o governo também está fazendo o debate sobre as despesas. "Devemos apresentar também medidas nesse sentido de aprimoramento do gasto público."
<b>Cartão de crédito</b>
Embora o Ministério da Fazenda não participe diretamente das reuniões entre o Banco Central e o setor financeiro sobre uma nova regulação para o rotativo do cartão de crédito, Durigan disse que seria "equilibrada" uma solução que combine um teto para os juros do rotativo e uma limitação de meses para o parcelado sem juros.
"Isso precisa ser conversado. Talvez uma solução de composição que limite dos dois lados, traga um equilíbrio para o mercado e vire a página. Isso pode ser a melhor saída", disse ele.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>