Estadão

Reformas de Basileia III aumentaram resiliência dos bancos, diz comitê

O Comitê de Supervisão Bancária da Basileia publica relatório nesta quarta-feira, 14, no qual avalia o impacto e a eficácia das reformas de Basileia III. A conclusão é que essas reformas foram um motor importante para o aumento em geral da resiliência bancária. Além disso, as medidas de risco sistêmico baseadas no mercado também mostram melhora, aponta o estudo.

O relatório não vê evidência considerável de efeitos negativos das reformas sobre empréstimos ou custos de capital para os bancos, nem identifica redundância entre os elementos das reformas, embora admita que há mais complexidade regulatória no quadro atual.

O comitê explica que o relatório que será publicado nesta quarta-feira é o terceiro com avaliação do impacto e da eficácia das reformas de Basileia. Segundo esse levantamento mais recente, houve ganho de resiliência entre os bancos mais duramente afetados pelas reformas previstas. Ocorreu ainda melhora em medidas baseadas nos mercados de risco sistêmico do setor bancário, após a implementação das mudanças, tornando o sistema financeiro menos vulnerável a problemas em bancos individuais.

O Comitê da Basileia diz que continuará a avaliar o efeito e a eficácia das reformas de Basileia III no médio prazo. O relatório nota que Basileia III é mais complexa, por buscar enfrentar um número de riscos maior do que as reformas de Basileia II. Isso resulta em arcabouço regulatório mais sofisticado e complexo, porém não necessariamente levou os bancos a se tornarem mais complexos. A entidade cita estudos segundo os quais bancos ou reduziram sua complexidade ou mantiveram os mesmos níveis, ao se ajustarem às mudanças.

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