A corrida relâmpago para substituir Liz Truss como primeira-ministra do Reino Unido ficou ainda mais animada hoje, dia em que o ex-líder Boris Johnson voltou para Londres em meio a especulações de que ele concorrerá para recuperar seu antigo cargo.
Johnson foi afastado por uma série de escândalos éticos há apenas três meses, mas embarcou em um voo de volta para Londres de suas férias na República Dominicana, dias após a dramática renúncia de sua sucessora, Liz Truss. Ele continua sendo uma figura divisiva entre os membros do Partido Conservador.
O ex-vice-primeiro-ministro Dominic Raab disse nesta manhã que era "difícil ver" como Johnson poderia se tornar primeiro-ministro novamente quando ele está "absorto e distraído" por uma investigação em andamento sobre supostas festas em Downing Street, sede do governo, enquanto o resto do país estava sob as regras de bloqueio contra a covid-19. O novo primeiro-ministro deve tomar posse até 28 de outubro.
Mesmo assim, Johnson tem o apoio público de vários outros ex-colegas de gabinete, incluindo a ex-secretária do Interior Priti Patel, que tuitou hoje: "Boris tem o mandato de cumprir nosso manifesto eleito e um histórico comprovado de acertar as grandes decisões".
Johnson precisa do apoio de 100 parlamentares conservadores antes das 14h de segunda-feira (24) para participar da eleição interna. A marca já foi atingida pelo seu ex-ministro de Finanças Rishi Sunak, segundo sugeriu um membro do Parlamento. Há pouco mais de um mês, Sunak perdeu a disputa contra Truss.