O governo britânico hesitou em chamar a China de ameaça para o Reino Unido, seguindo a revelação de que um pesquisador no Parlamento foi preso no início do ano devido a suspeita de estar espiando para Pequim.
Em resposta, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que "a atividade de espionagem chinesa no Reino Unido é inexistente. Instamos o lado britânico a parar de espalhar informações falsas e a parar com a sua manipulação política anti-China e a sua difamação maliciosa."
A prisão pela suposta espionagem perturbou os esforços do governo britânico para aliviar as tensões com Pequim. A secretária para Negócios e Comércio do Reino Unido, Kemi Badenoch, disse que o Reino Unido deveria evitar chamar a China de "inimiga" ou usar linguagem que pudesse "aumentar" as tensões.
"A China é um país com o qual fazemos muitos negócios", disse Badenoch à Sky News. "A China é um país significativo em termos de economia mundial. Tem assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Certamente não deveríamos descrever a China como um inimigo, mas podemos descrevê-la como um desafio".
O governo retirou o investimento da China de setores-chave, como as centrais nucleares britânicas e a sua rede de telefonia móvel 5G. Os conservadores mais agressivos querem ir mais longe e declarar Pequim uma ameaça, em vez de um "desafio", a palavra que o primeiro-ministro, Rishi Sunak, prefere.