O governo britânico anunciou nesta terça-feira, 1º, uma primeira parcela de sanções contra indivíduos e organizações bielorrussas em resposta ao papel que o país está desempenhando na invasão da Ucrânia pela Rússia. Comunicado divulgado há pouco informou que quatro altos funcionários de defesa e duas empresas militares da Belarus foram sancionados com efeito imediato. Os indivíduos não poderão viajar para o Reino Unido e quaisquer ativos baseados no Reino Unido serão congelados.
Entre os sancionados está o chefe do Estado-Maior da Belarus e o primeiro-vice-ministro da Defesa, major-general Victor Gulevich. "Gulevich é responsável por dirigir as ações das forças armadas bielorrussas, que apoiaram e permitiram a invasão russa da Ucrânia. Ele dirigiu exercícios militares conjuntos com a Rússia e consentiu no envio de tropas russas ao longo da fronteira da Bielorrússia com a Ucrânia, o que contribuiu diretamente para a capacidade da Rússia de atacar a Ucrânia, inclusive de posições na Belarus", afirma o comunicado.
Os outros indivíduos sancionados são o major-general Andrei Burdyko, vice-ministro da Defesa para Logística e chefe de logística das Forças Armadas da Belarus; o vice-ministro da Defesa para o Armamento e Chefe do Armamento das Forças Armadas da Belarus, Major General Sergei Simonenko; e o vice-ministro da Defesa, major-general Andrey Zhuk.
Também estão sancionadas as empresas estatais JSC 558 Aircraft Repair Plant e JSC Integral, uma fabricante de semicondutores militares. "O JSC 558 fornece manutenção e assistência técnica a aeronaves militares na base aérea de Baranovichi, a partir da qual aeronaves russas operaram como parte da invasão", diz o comunicado britânico.
"Estamos infligindo dor econômica a (Vladimir) Putin e às pessoas mais próximas a ele. Não descansaremos até que a soberania e a integridade territorial da Ucrânia sejam restauradas", declarou a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss. "O regime (do presidente Alexander) Lukashenko ajuda ativamente e é cúmplice da invasão ilegal da Rússia e sentirá as consequências econômicas de seu apoio a Putin", acrescentou.