Os líderes de saúde pública do Reino Unido apelaram ao governo nesta sexta-feira, 19, para combater com urgência os preços da energia, alertando que o forte aumento nas contas domésticas levará a mais pessoas adoecendo e aumentará o número de mortes anuais relacionadas a casas frias.
Em uma carta enviada a funcionários do governo, a Confederação Nacional do Serviço de Saúde afirma que os custos crescentes de energia significam que muitas pessoas terão que escolher entre pular refeições para aquecer suas casas ou viver em condições frias e úmidas neste inverno.
O chefe-executivo do grupo, Matthew Taylor, disse que os líderes de saúde tomaram a iniciativa de fazer uma "intervenção sem precedentes" e escrever ao governo porque o Reino Unido estava "enfrentando uma crise humanitária" devido aos riscos de saúde pública ligados ao aumento dos custos de combustível.
Ele afirmou que a incapacidade de aquecer as casas e comprar comida "levará a surtos de doenças e enfermidades em todo o país e ampliará as desigualdades na saúde, piorará as chances de vida das crianças e deixará uma cicatriz indelével nas comunidades locais".
A conta média de combustível doméstico no Reino Unido aumentou mais de 50% até agora em 2022, à medida que a guerra da Rússia na Ucrânia reduz o fornecimento global de petróleo e gás natural. Um aumento adicional deve ocorrer em outubro, quando a conta média deverá atingir 3,5 mil libras por ano.
Os números oficiais desta semana mostraram que a inflação ao consumidor do Reino Unido atingiu uma nova alta de 40 anos de 10,1% em julho.