A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, defendeu seu pacote de corte de impostos e aumento de gastos que assustou os mercados britânicos nos últimos dias e obrigou o Banco da Inglaterra (BoE) a intervir na renda fixa do país.
Em entrevista à <i>BBC</i> hoje, ela argumentou que o aumento da dívida pública em um contexto de alta de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) foi feito para evitar uma séria desaceleração econômica no Reino Unido. Sobre a turbulência vista nos mercados, ela admitiu que seu governo deveria ter "apresentado melhor" as bases de seu plano.
"Eu ainda defendo o pacote que anunciamos e mantenho o argumento de que o anunciamos rapidamente porque precisávamos agir, mas aceito que deveríamos tê-lo apresentado melhor", afirmou Truss durante a entrevista.
Segundo a premiê, "seria errado não agir" em meio ao choque nos preços de energia, que poderia desacelerar mais a economia britânica e deixá-la menos "competitiva".
Ela ainda comentou a decisão de eliminar a alíquota máxima tributária de 45% aos britânicos mais ricos. Impopular, a medida foi tomada sem consultar seu gabinete e servirá para tornar o sistema tributário do país mais simples, segundo Truss.
