A relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina alcançou a marca de 65,24% na terceira semana de março na capital paulista, de acordo com levantamento encaminhado nesta quinta-feira, 26, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O número apurado significou diminuição ante o observado na segunda semana do mês, quando a relação havia sido de 65,88%. Na terceira semana de março de 2014, foi de 72,35%.
Conforme os especialistas no assunto, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% da gasolina. A relação atual continua não apenas vantajosa como está abaixo das verificadas em períodos idênticos de 2010 (63,62%), 2011 (79,55%), 2012 (70,21%) e 2013 (71,73%).
Em outro tipo de levantamento da Fipe, que leva em conta a metodologia do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o valor médio do etanol apresentou elevação de 1,69% na terceira quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 23 de março) ante alta de 3,41% na segunda quadrissemana (últimos 30 dias encerrados em 15 de março). Em relação à gasolina, o combustível saiu de uma variação positiva de 3,69% na segunda leitura de março para um aumento de 2,04%, na terceira quadrissemana do mesmo mês.
Em entrevista ao Broadcast, o gerente técnico de Pesquisas do IPC, Moacir Mokem Yabiku, disse que o período de entressafra da cana-de-açúcar, que estava puxando os preços do etanol para cima, começa a ficar para trás. Com isso, o cenário da relação entre o combustível e da gasolina não deve mudar significativamente até o quinto mês do ano. “Até maio, este cenário deve permanecer tranquilo. Projetamos algum aumento (relevante) mais ou menos na terceira quadrissemana de maio”, adiantou.
