Esportes

Relatório da CBF mostra que Brasil importa quase tantos jogadores quanto exporta

A CBF divulgou nesta terça-feira, um dia antes de fechar a janela de transferências para a Europa, um balanço oficial das negociações da temporada, até o mês de julho, envolvendo clubes e jogadores brasileiros. O trabalho é resultado de um novo sistema de implementação adotado pela entidade presidida por Marco Polo del Nero desde 2015, cuja liderança é do diretor Reynaldo Buzzoni, em parceria com a própria Fifa.

Os dados foram coletados pela Diretoria de Registros e Transferência da CBF, porta de entrada para que todo jogador tenha a sua documentação regularizada, de modo a ganhar condições de atuar. Os dados apontam para o registro em carteira assinada de 8.182 jogadores. Todos eles tiveram contratos profissionais assinados somente neste ano. Os números registram ainda que 677 jogadores chegaram ao Brasil vindos do exterior, movimentando R$ 188,1 milhões. Até o dia 30, a entidade registrou a exportação de 770 jogadores, cujo montante chegou a R$ 365,1 milhões.

Os números revelam parte do tamanho do futebol brasileiro, tido ainda como um grande exportador. Ocorre que do total de jogadores com contratos profissionais apenas 206 tiveram renovação ao longo do ano, do primeiro semestre para o segundo. A maioria das negociações apontam para a prorrogação do vínculo já existente (1.163 atletas) ou novos acordos por empréstimos (1.081), o que está dentro da lei.

A CBF informa que o futebol nacional tem atualmente 11.315 contratos ativos nos 664 clubes brasileiros. E que há no País 29 mil atletas com vínculos não profissionais nos 258 times amadores de futebol, cuja rotatividade é constante. Ao todo, o Brasil tem 922 clubes registrados na entidade.

A CBF chama de mercado intermediário as transações ocorridas com a ajuda dos 250 agentes cadastrados. E passou a contabilizar esse movimento. Ela apurou 22 operações dessa natureza, com o pagamento de R$ 3,7 milhões. Vale lembrar que o futebol brasileiro tem ainda um dia para vender jogador ao exterior, sobretudo para a Europa.

O São Paulo, por exemplo, ainda tenta negociar Rodrigo Caio e Lucão, o primeiro em definitivo e o segundo por empréstimo de um ano. O Santos reluta em repassar Lucas Lima, que serve a seleção de Tite nas Eliminatórias. O presidente Modesto Roma Júnior gostaria que o meia permanecesse na Vila Belmiro, uma vez que o clube tem apenas 10% dos direitos federativos do jogador.

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