Os juros futuros, especialmente na parte mais curta da curva, estão sendo guiados “100%” pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI), segundo um operador de renda fixa, ao ajudar a reforçar as apostas de que a Selic pode cair na reunião de outubro. Já as taxas mais longas são influenciadas pela queda do dólar, que por sua vez reflete um exterior mais tranquilo após pesquisas apontarem que a candidata democrata Hillary Clinton venceu no primeiro debate com o republicano Donald Trump, na segunda-feira, 26, à noite.
Sobre o RTI, o sócio da gestora Absolute Investimentos, Roberto Campos ressalta que o BC demonstrou confiança ainda maior nos efeitos da política monetária – tanto que projetou inflação abaixo do centro da meta em 2017. O cenário de referência prevê Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,4% em 2017. A mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no início de setembro, citava previsão de alta de 4,5% – exatamente no centro da meta. No relatório de inflação divulgado em junho, o BC esperava alta da inflação oficial de 4,7%.
O Banco Central ressalta que as previsões do RTI ainda dependem de uma importante variável: a evolução da política fiscal. Ao contrário da edição anterior divulgada em junho, o BC não publicou projeção oficial da casa para o resultado primário e o documento cita, apenas genericamente, que a proposta do Orçamento de 2017 prevê redução do déficit e indicação de recuperação gradual nos anos seguintes.
Às 9h37, o DI para janeiro de 2017 exibia 13,775%, de 13,825% no ajuste de segunda. DI para janeiro de 2018 exibia 12,16%, de 12,22%. O DI para janeiro de 2021 estava em 11,59%, de 11,73% no ajuste de segunda.