O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira, 24, esperar que a sessão conjunta das duas Casas Legislativas do período da noite, em que está prevista a votação do projeto que altera a meta fiscal de 2015, não vire uma “guerrilha novamente”.
Renan Calheiros mencionou o fato de que, na votação da mudança da meta do ano passado, a sessão do Congresso durou 17 horas. “É muito importante que possamos dar essa sinalização. Sinceramente, espero que não seja uma guerrilha novamente”, afirmou. “Compreendo o papel da oposição, o papel da oposição é insubstituível, mas o País todo acha que precisamos sinalizar para acabar com essa incerteza”, completou.
Os oposicionistas devem se valer de manobras regimentais para impedir ou mesmo adiar a votação da meta fiscal de 2015. O projeto é o quarto item da pauta do Congresso, que terá de apreciar obrigatoriamente antes outros três vetos presidenciais.
Renan disse ter falado com a presidente Dilma Rousseff nesta terça por telefone. Segundo ele, a petista falou, mais de uma vez, que não deseja transformar a sessão do Congresso numa batalha político-partidária. “Eu sempre defendi a aprovação do projeto e a derrubada do veto porque é uma significativa medida de economia para o Brasil. Ela não falou exatamente (da meta), porque já sabe que estamos focados na apreciação das matérias que têm a ver com o Orçamento, dentre elas a meta, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Falamos rapidamente”, contou.
O peemedebista disse ainda que é preciso sair do “baixo-astral”, retomar o crescimento econômico, a propósito da revisão dos parâmetros que o governo apresentou ao Congresso em que prevê uma queda do PIB de 2% em 2016.