O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se esquivou na manhã desta terça-feira, 14, de responder se apoia a ida do ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o Ministério do Turismo. Renan é padrinho político do atual titular da pasta, Vinícius Lages, que deseja manter no cargo, e tem sido o principal entrave para a ida de Henrique Alves – derrotado na eleição ao governo potiguar em outubro passado – para o Ministério.
“Não cabe ao presidente do Senado nomear ou exonerar. Estou defendendo a redução de ministérios, a redução de cargos em comissão, a reforma do Estado. Como é que posso agora dizer quem vai ficar no ministério ou quem vai sair? Não me cabe abonar assinatura de ninguém”, disse Renan, na chegada ao Congresso, ao ser questionado sobre a ascendência que tem sobre Vinícius Lages. Para o presidente do Senado, “seria inconcebível” ele defender a redução do número de ministérios e, ao mesmo tempo, discutir quem vai assumir uma pasta. “Não quero participar dessa discussão”, argumentou.
Renan Calheiros também não quis responder se coloca algum obstáculo pessoal ao nome de Henrique Alves. Preferiu destacar que o simples fato de discutir esse assunto “já apequena a questão do ponto de vista do Congresso Nacional”. Ele disse que o Congresso é uma instituição respeitável e não faz muito sentido colocar o presidente do Senado na discussão “de quem vai ser ministro ou quem não vai ser ministro, quem vai ocupar cargo A, cargo B ou cargo C”.