As rendas com tarifas do Banco do Brasil totalizaram R$ 6,063 bilhões no segundo trimestre, aumento de 12,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No comparativo trimestral, esses ganhos cresceram 9,1%.
De abril a junho, o impulso para a expansão das receitas veio, principalmente, de rendas com o mercado de capitais, com avanço de 81,7% ante um ano, Tesouro Nacional e administração de fundos oficiais (aumento de 28,7%), conta corrente (elevação de 22,6%) e cartões (alta de 21,3%). No trimestre, motivaram os ganhos mercado de capitais, seguros, Tesouro Nacional e administração de fundos oficiais, entre outros.
O BB destaca, em nota à imprensa, a reabertura do mercado de capitais internacional para o Brasil no segundo trimestre, quando cinco empresas emitiram um total de US$ 9,6 bilhões, das quais quatro o contrataram para atuar como lead-manager, emitindo US$ 9,1 bilhões. Tal desempenho colocou o banco na segunda posição no Ranking Anbima de Emissões Externas.
“No que se refere a empresas estrangeiras, o BB atuou como co-manager em quatro transações, totalizando US$ 4,75 bilhões. Em junho, atuamos ainda como assessor de duas operações de recompra de títulos (Tender Offer), com volume negociado próximo a US$ 6,6 bilhões”, acrescenta a instituição.
No primeiro semestre, as rendas de tarifas do BB atingiram R$ 11,621 bilhões, alta de 7,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. “Destaque para as tarifas relacionadas à conta corrente (+ R$ 576 milhões), influenciadas pela oferta de produtos e serviços diferenciados, e de administração de fundos (+ R$ 187 milhões), reflexo do aumento de 9,2% em 12 meses no montante de recursos administrados”, explica o BB, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
O banco lembra ainda, no documento, que o valor das tarifas referente ao primeiro semestre contempla parte das receitas de intercâmbio da Cateno, joint venture com a Cielo.
Desconsiderando essas receitas, a evolução das rendas de tarifas seria de 11,9%, de acordo com a instituição.
Segundo o presidente da instituição, Paulo Caffarelli, o BB não considera elevar suas tarifas para aumentar suas receitas de serviços. “A tendência é que a linha de receitas de serviços tome um espaço maior por meio do encarteiramento de clientes, aumento de oferta de produtos e serviços. Temos um Universo imenso de rentabilização de clientes”, disse Caffarelli.
O vice-presidente de negócios de varejo do BB, Raul Moreira, destacou que o BB está focado em aumentar o consumo de produtos e serviços per capita por clientes. Conforme a relação do banco com o correntista aumenta, a oferta de produtos acompanha, possibilitando, assim, uma maior rentabilidade desse cliente.
“O BB adota essa estratégia de oferta de produtos competitiva em relação a preço. Oferecemos produtos com preços até mais vantajosos”, garantiu ele.
Cartões
O volume financeiro movimentado com cartões de crédito e débito do BB alcançou R$ 132,1 bilhões no primeiro semestre, crescimento de 10,9% sobre o mesmo período do ano anterior. “Destaque para o crescimento de 22,6% das transações efetuadas com cartões de débito, cujo desempenho inclui os desembolsos para o agronegócio por meio do cartão”, destaca o BB.