A Holanda é a primeira favorita a dar adeus à Eurocopa. Neste domingo, a seleção de Frank de Boer pagou caro por causa dos erros apresentados em Budapeste e, com derrota por 2 a 0 para a República Checa, na Arena Púskas, se despede nas oitavas de final após primeira fase perfeita. Os checos terão a Dinamarca pela frente por vaga nas semifinais.
Dona de ataque poderoso na Eurocopa, com oito gols em três jogos, a Holanda viu seu setor ofensivo falhar no momento chave das oitavas e, ao esbarrar na forte defesa checa, sai precocemente numa competição na qual tinha recursos e qualidade para ir bem longe.
Pelo terceiro confronto seguido a República Checa leva a melhor sobre a Holanda, provando que o triunfo deste domingo não foi por acaso. Sem vergonha de marcar forte, a seleção sabe como encarar os adversários. Se fecha atrás e sai bem em velocidade ou apostando no forte jogo aéreo e de imposição física.
O artilheiro Stich mais uma vez deixou sua marca. Ele fechou a conta na Arena Púskas e já soma quatro gols na Eurocopa. Se sabe como se portar diante da Holanda, os checos são ainda melhores contra a próxima rival, Dinamarca, da qual saiu vencedora nos dois embates pela competição.
Após três vitórias seguidas e boas apresentações na primeira fase, a Holanda pisou como favorita na Arena Púskas, em Budapeste. Os checos não escondiam que eram azarões, mas prometiam lutar para equilibrar o confronto.
Os holandeses começaram realmente em cima, atuando no campo de ataque. A adversária de segurava bem, contudo, e ainda quase abriu o marcador em raro ataque antes de pausa para reidratação.
A pausa fez bem aos checos, que voltaram ousando um pouco mais. Dono de gol do meio campo na competição, Stich arriscou de fora da área, mandando na mão de Stekelenburg. O goleiro holandês, por sinal, era quem tentava colocar o time no ataque com ligação direta.
Diante de um paredão, o jovem e renovado esquadrão holandês não conseguia apresentar seu repertório e era presa fácil para a forte marcação. Pior, ainda passava aperto atrás quando era atacada.
Com futebol burocrático e apresentação bem abaixo do esperado, a Holanda foi para o vestiário com resultado ruim e sob vaias dos torcedores checos. Faltou brilho à favorita e, por consequente, o primeiro tempo não agradou.
A segunda etapa começou da pior maneira possível para a Holanda. Malen arrancou sozinho e, cara a cara, optou por tentar driblar o goleiro Vaclik e acabou perdendo a chance de ouro. Imperdível numa decisão. No lance seguinte, Ligt corta a bola com a mão para evitar possível chance de gol dos checos e acaba expulso após recomendação do VAR. O árbitro havia dado apenas o amarelo.
Com um a menos em campo, os favoritos teriam de buscar superação. Se já sofriam com 11 contra 11, sem um defensor o trabalho seria dobrado. Quem só queria se defender agora apenas atacava. Era sufoco da República Checa.
De tanto apertar, o gol saiu. Na jogada aérea, a força dos checos. Cruzamento para Kalas, na esquerda, que cabeceou para o outro lado da área e na cabeça de Holes. O camisa 9 estufou as redes. O experiente goleiro Stekelenburg ficou perdido no lance.
Frank de Boer, em atitude desesperada para os 15 minutos finais, abriu mão do jogo de toques ao colocar o grandalhão Weghorst na área. Se abriu ao sacar um volante e pagou caro. Contragolpe rápido e o artilheiro Stich apareceu na área para ampliar em leve desvio e fechar a conta. Quarto gol do camisa 10 na Eurocopa e vitória sem sofrimento dos azarões.