Representantes da União Europeia (UE) fizeram neste fim de semana uma visita ao Irã que faz parte do acordo antinuclear fechado entre o país do Oriente Médio e os países desenvolvidos, apesar das ameaças dos EUA de revogar o acordo. Os europeus se comprometem a apoiar a economia iraniana.
Com menos de três semanas antes das eleições presidenciais iranianas, o apoio da UE ao Irã vai contra a postura de Washington, que acusa o país de não estar comprometida de fato com o acordo fechado em 2015, mesmo que o país asiático tenha cumprido todos os compromissos até agora.
Uma mudança dos EUA no acordo nuclear representaria um risco especial no Irã, onde a ala mais extremista desafia o presidente Hassan Rouhani, de uma ala mais moderada.
Enquanto Trump critica o acordo, os europeus dão demonstrações de apoio. “Já vemos resultados concretos e a União Europeia apoia o acordo totalmente. Esperamos que todas as partes o respeitem”, disse o chefe da UE para a energia, Miguel Arias Canete, em Teerã, em uma reunião conjunta com o vice-presidente iraniano Ali Akbar Salehi, um arquiteto-chefe do acordo que supervisiona a agência nuclear do país.
A UE foi a principal mediadora do acordo com o Irã, fornecendo apoio financeiro, técnico e regulamentar para ajudar Teerã a reforçar a segurança nuclear e as capacidades de desenvolvimento. Bruxelas também está ajudando a república islâmica a participar de um projeto de pesquisa de fusão nuclear internacional e se beneficiar das capacidades da Comunidade Europeia de Energia Atômica.
Canete liderou uma delegação de peritos e funcionários da UE e dezenas de empresas europeias durante dois dias de reuniões. Além das questões nucleares, o principal ponto das reuniões era a energia – em particular os investimentos em recursos renováveis – e as alterações climáticas. Fonte: Dow Jones Newswires.