O acordo firmado pelo republicano e presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, com o presidente norte-americano, Joe Biden, deixou uma ala do Partido Republicano insatisfeito com as concessões feitas durante a negociação. A medida suspende o limite de endividamento do país, antes fixado em US$ 31,4 trilhões, por dois anos, até 1º de janeiro de 2025.
Com o acordo, o teto da dívida deixa de ser um problema para a gestão de Biden até o fim de seu mandato, em 2024. Esta concessão, aliada ao aumento dos gastos públicos em cerca de US$ 4 trilhões, não foi bem recebida por parte bancada republicana.
O pré-candidato à presidência em 2024 e governador da Flórida, Ron de Santis, posicionou-se contrário a McCarthy e avalia que os EUA estão "a caminho da falência, da mesma forma", em entrevista à <i>Fox News</i> no período da manhã desta segunda-feira.
O projeto deve ser votado na Câmara na quarta-feira, 31, segundo McCarthy, e precisa de apoio de ambos os partidos para avançar.
O deputado do Texas Chip Roy posicionou-se contrário à aprovação do projeto. "Vamos tentar fazer não passar", respondeu a um apoiador no Twitter.
Em outra postagem, o deputado da Carolina do Norte Dan Bishop criticou McCarthy por permitir o aumento dos gastos em mais US$ 4 trilhões e por isentar os democratas do teto da dívida nas próximas eleições.
O senador do Kentucky Rand Paul e o senador de Utah Mike Lee também usaram as redes sociais para criticar o acordo de McCarthy.
Lindsey Graham, senador da Carolina do Sul, mostrou-se insatisfeito com o acordo, mas comprometeu-se a não deixar o teto da dívida ser extrapolado. "Não pretendo deixar de pagar a dívida, mas não apoiarei um acordo que reduza o tamanho da Marinha e impeça a assistência tecnológica e armamentista contínua à Ucrânia enquanto eles começam a libertar seu território da agressão russa", posicionou-se no Twitter.