Uma batalha sobre poderes de emergência do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) frustrou os esforços para fechar um acordo de quase US$ 1 trilhão do pacote de alívio econômico para a covid-19. O impasse deste sábado é apenas o mais recente em uma luta partidária, que tem durado meses.
Os legisladores de ambos os lados disseram que uma disposição do senador republicano Pat Toomey, de restringir os poderes de emergência do Federal Reserve era o ponto crítico. Os republicanos insistem no plano de Toomey, enquanto os democratas são inflexível contra ele, o que tem levado a um impasse.
"Isso tem que ser resolvido. E então tudo vai se encaixar", disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. "É uma diferença muito significativa".
Toomey defendeu sua disposição controversa em um discurso, dizendo que poderes de emergência foram projetados para estabilizar os mercados de capitais no auge da
covid-19 e está expirando no final do mês de qualquer maneira. Tal abordagem impediria a administração do presidente eleito Joe Biden de reiniciá-los.
No foco estão os programas de emergência do Fed, lançados em meio à pandemia,
que concedeu empréstimos a pequenas e médias empresas e comprou títulos do governo local. Essas compras de títulos tornaram mais fácil aos governos tomarem empréstimos, em um momento em que suas finanças estão sob pressão de perdas de empregos e custos de saúde decorrentes da pandemia.
Os democratas no Congresso dizem que Toomey está tentando limitar a capacidade do Fed de impulsionar a economia, assim que Biden assumir o cargo. Toomey contestou essa acusação, dizendo que sua proposta "enfaticamente não é uma ampla revisão da autoridade de empréstimos de emergência do Federal Reserve".
O pacote de US$ 900 bilhões vem em um momento em que a pandemia está gerando seu mais temível avanço, matando mais de 3.000 pessoas por dia e prejudicando o atendimento do sistema de saúde. (Associated Press).