O Tesouro Nacional encerrou o mês de fevereiro com R$ 933,22 bilhões no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado em fevereiro é 15,83% maior em termos nominais que os R$ 805,68 bilhões que estavam na reserva em janeiro. O montante ainda é 22,27% maior que o observado em fevereiro de 2020 (R$ 763,22 bilhões).
O crescimento da reserva de liquidez se deve principalmente à emissão líquida de R$ 104,87 bilhões em títulos da dívida interna no mês passado.
A divulgação do valor exato do "colchão da dívida" foi adotada no início deste ano e é uma iniciativa do Tesouro para elevar a transparência sobre esse dado, que serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.
No início da pandemia da covid-19, o elevado colchão de liquidez foi essencial para que o Tesouro pudesse se abster de emitir grandes volumes de títulos num momento de forte volatilidade do mercado, o que poderia resultar em custo elevado de financiamento.
No ano passado, o Tesouro encerrou com um colchão da dívida até acima do observado em 2019 (R$ 836 bilhões), após aproveitar uma janela favorável para emissões no fim do ano.
No início de 2020, o órgão ressaltou que o montante no colchão da dívida já era suficiente para honrar todos os vencimentos previstos para o primeiro semestre de 2021. O objetivo é manter, ao longo de 2021, o colchão de liquidez acima de seu nível prudencial.
O Tesouro Nacional ressaltou ainda que não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez.