O Ministério do Planejamento informou que as residências oficiais dos ministros da Fazenda e da Casa Civil, que estão fora de uso, foram temporariamente retiradas do processo de venda. De acordo com a Pasta, responsável pelo projeto que vende diversos imóveis da União, as casas, localizadas em áreas nobres de Brasília, estão passando por “ajustes cartoriais necessários” e estarão disponíveis para venda após a conclusão do processo.
As duas casas, juntas, estão avaliadas em R$ 13 milhões. Só pela casa que poderia ser ocupada por Henrique Meirelles o governo espera pelo menos R$ 7 milhões. Nem Meirelles e nem seus antecessores, Nelson Barbosa e Joaquim Levy, moraram na residência. Os últimos dirigentes da Fazenda a ocuparem a residência foram Guido Mantega e Antônio Palocci.
No edital lançado pelo governo em março para a venda dos imóveis, a União ressaltou que a casa que pertence à Fazenda tem 374 m² a regularizar.
Já o imóvel que era destinado ao ministro da Casa Civil tem preço mínimo de R$ 6 milhões e já foi casa da presidente afastada Dilma Rousseff quando ela ocupava o ministério. Na época, Dilma era vista com frequência caminhando na península dos ministros com um cachorro que havia ganhado do ex-ministro José Dirceu, que também foi morador do imóvel.
A casa está em um terreno de 1.800 m², tem área total de 793 m², três quartos, piscina, lavanderia e adega. Também possui 132 m² de área não regularizada. Em janeiro, o governo anunciou que venderia 239 imóveis em 21 Estados. Inicialmente, as propostas para compra dos imóveis deveriam ser entregues até 6 de maio.
A Caixa Econômica, responsável por gerenciar o processo de venda dos imóveis da União, informou, por meio de sua assessoria, que as casas faziam parte do Edital CP 023/2016, mas que foram retiradas do processo a pedido da União.