A inauguração de um restaurante-escola na região central preocupa proprietários de estabelecimentos que comercializam refeições. O recurso tem previsão para o próximo ano com instalações nas dependências do antigo prédio da Câmara Municipal.
O dono de um bar restaurante na rua Felício Marcondes, José Dílson de Alcântara, 48 anos, oferece o prato comercial ao preço de R$ 8 e diz que "com o restaurante-escola, os consumidores devem ser atraídos pela novidade do espaço e pelo preço mais baixo".
Antonio Aguiar, 46, um dos sócios de uma lanchonete na rua Capital Gabriel, que também serve refeições ao preço de R$ 8, ressalta a possibilidade de prejuízos. "Servimos cerca de 50 refeições comerciais ao dia, o que deve mudar com a inauguração do novo espaço".
Mão de obra – Em contrapartida, responsáveis por estabelecimentos maiores mencionam os reflexos positivos da criação de um restaurante-escola na cidade. O gerente de um restaurante na avenida Paulo Faccini, Marcos de Moraes, 28, diz que uma das principais dificuldades para a contratação de profissionais no setor é a falta de mão de obra qualificada. "A falta de profissionais capacitados pode gerar perda de clientes", disse Moraes, que ainda destaca, "uma nova escola beneficiará o ramo gastronômico na cidade".
Como divulgado ontem pelo Guarulhos Hoje, o restaurante-escola será instalado na cidade a partir de uma parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Urbano (SDU) e a do Trabalho. Os custam previstos giram em torno de R$ 632 mil.
Com o recurso poderá ser aplicado um programa de qualificação profissional, o qual tem como proposta a implantação de um sistema de aprendizagem, gestão e comercialização dos produtos de forma que o restaurante se sustente com sua própria arrecadação.
