O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 21, que a arrecadação federal de junho, de R$ 181,40 bilhões (recorde para o mês), confirma um ritmo de crescimento sustentável do País. Guedes também ressaltou que a receita acumulada no ano até junho, de R$ 1,089 trilhão, é a maior da série histórica.
"Isso é importante porque confirma nossas previsões de que a economia iria surpreender, mais uma vez, os analistas. É um sintoma inequívoco de que o crescimento econômico está surpreendendo", disse o ministro. "O grande vetor desse aumento de arrecadação foi o lucro das empresas, que veio bem acima do previsto. Começamos o ano com previsões de que o PIB Produto Interno Bruto cairia 1,5%, e agora as previsões já estão em torno de crescimento de 2%."
Guedes também disse que o crescimento observado na arrecadação confirma a eficácia da política do governo de redução e simplificação de impostos. Segundo o ministro, o aumento da receita está sendo transformado no corte nas alíquotas de impostos, como no ICMS e no IPI.
"Tanto o ICMS quanto o IPI desindustrializaram o País. São impostos com enorme poder de arrecadação, mas que incidem em cascata sobre toda a indústria brasileira e destroem a competitividade das nossas empresas. Está ficando muito claro que, apesar das reduções de impostos e alíquotas, o ritmo de crescimento mantém a arrecadação forte", disse.
Guedes acrescentou que a solução para gerar empregos e manter o crescimento é "perseguir e prosseguir" o caminho da prosperidade, com redução de impostos e simplificação de alíquotas. "O Brasil está no início de um longo ciclo de crescimento econômico. Apesar dos juros altos como combate à inflação, consegue sustentar esse crescimento", avaliou.
<b>Desemprego e inflação</b>
O ministro da Economia afirmou, também, que o desemprego e a inflação aumentarão nos Estados Unidos e nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo Guedes, o processo deve ser o inverso do que acontece no Brasil, com ampliação da geração de empregos e contenção do avanço dos preços.
"Eles EUA e OCDE estão no fim de um ciclo longo de crescimento, e o Brasil está no início. Temos retorno seguro ao trabalho após a vacinação em massa", afirmou. "Isso surpreendeu os fóruns internacionais, que descredenciavam o Brasil e a democracia brasileira, com suspeita de incapacidade operacional de enfrentar o desafio. Pois bem, enfrentamos os dois desafios. E no desafio econômico, apesar da invasão da Ucrânia pela Rússia, o Brasil continua crescendo e reduzindo impostos, conforme prometido em nosso programa."