Moradores do Recreio São Jorge estão apreensivos com a possível retirada de famílias da região. De acordo com o anúncio feito pelo prefeito Sebastião Almeida, na última terça-feira, aproximadamente 400 famílias serão removidas, de áreas consideradas de risco, com a chegada de investimentos do Governo Federal. A região será contemplada com R$ 64 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC-2) em obras de infraestrutura.
Para o técnico em informática Antônio Messias Vieira, 60 anos, que mora com a família no bairro há 19 anos, a notícia é motivo de preocupação. "Sinto medo de ficar desamparado e de meu imóvel não ser ressarcido pelo valor justo", disse. Outra moradora, a atendente Ana Rodrigues de Oliveira, 30, também está apreensiva e diz, "tenho três filhos pequenos e não tenho os documentos de posse que comprove que a casa é minha, estou preocupada".
O Guarulhos Hoje questionou a Secretaria Municipal de Obras sobre quais as regiões do Recreio São Jorge terão famílias removidas. Até o fechamento desta edição a Pasta não se manifestou. No entanto, algumas das famílias que devem ser transferidas estão em áreas de proteção ambiental e de risco na região do Cabucu. Segundo informou o prefeito na última terça-feira, as famílias serão instaladas em um novo conjunto habitacional.
Conforme publicado na edição de ontem do GH, a cidade terá recursos da ordem de R$ 660,2 milhões provenientes do PAC-2, sendo que R$ 57,7 milhões deste total são de contrapartida municipal. O valor seja investido em projetos e obras em diferentes regiões da cidade, priorizando contenção de enchentes, drenagem e pavimentação.