O Sport não quer liberar facilmente o atacante Diego Souza para o Palmeiras. A diretoria do clube pernambucano e representantes do jogador de 32 anos passaram a tarde desta quinta-feira reunidos no Recife para tentar evitar a saída dele. O encontro se alongou e não resolveu o impasse. A decisão final cabe ao próprio atleta.
O Palmeiras entende já ter feito o bastante para convencer o jogador de 32 anos a retornar ao clube onde atuou entre 2008 e 2010. Diego Souza foi um pedido do técnico Cuca para reforçar o ataque. A primeira investida para o setor, Richarlison, do Fluminense, foi fracassada.
A diretoria do Sport marcou a reunião no Recife para convencer o jogador a ficar. O momento vivido por Diego Souza no clube é especial, pois na quarta-feira o atacante conquistou o primeiro título pela equipe, o Campeonato Pernambucano, e desfruta do papel de grande ídolo da torcida.
O pai de Diego, Marco Aurélio, e o empresário do atleta, Eduardo Uram, ouviram dos dirigentes argumentos para que resistam ao Palmeiras e peçam ao atacante para ficar na equipe. O clube paulista enviou ao Recife o gerente de futebol Cícero Souza, que trabalhou no Sport em 2012.
O contrato de Diego Souza com o Sport vai até 2018. “A multa rescisória é bem alta. O jogador gosta do clube e de morar no Recife”, disse o presidente do clube, Arnaldo Barros, sem detalhar valores. Durante a reunião no Recife, a diretoria frisou ao atacante que permanecer na equipe lhe daria mais chances de continuar a ser convocado para defender a seleção brasileira.
O Palmeiras está otimista para ter o jogador e entende que a situação só depende do próprio Diego Souza para ser resolvida. “Houve o interesse do Palmeiras e eu não sei se as coisas têm andado. Se der certo, ele vem. Mas se não der, que seja feliz no clube dele”, comentou o técnico Cuca.
A própria festa do título estadual do Sport foi marcada pelo suspense. Ao fim da vitória sobre o Salgueiro por 1 a 0, no sertão pernambucano, os jogadores da equipe comemoraram a taça com o grito: “Fica, Diego”. O jogador evitou falar sobre o assunto. “É um dia especial e não vou deixar nada atrapalhar o que estou vivendo com os meus companheiros. Amanhã é um novo dia e veremos o que vai acontecer”, comentou. O elenco foi recebido com festa pela torcida no retorno à capital.
Do lado palmeirense, há bastante otimismo pelo desfecho positivo da negociação. Os primeiros contatos foram no começo do mês, quando o presidente do clube, Maurício Galiotte, estava como chefe da delegação da seleção brasileira na Austrália. Diego Souza integrou o grupo convocado pelo técnico Tite para os dois amistosos em Melbourne e durante a estadia na cidade, conversou com o dirigente palmeirense sobre o possível retorno à equipe.
Diego Souza esteve aberto à ideia e demonstrou ter superado o episódio turbulento que culminou com a sua saída do Palmeiras, no primeiro semestre de 2010. O jogador fez gestos obscenos para a torcida quando foi substituído sob vaias em jogo pelas quartas de final Copa do Brasil contra o Atlético-GO, no Parque Antártica. A equipe paulista acabaria eliminada do confronto e dias depois, o atacante acabou negociado ao Atlético-MG.