A Prefeitura retomou a obra de reurbanização integrada da Vila Nova Cumbica que estava parada desde 2012 e que beneficiará diretamente cerca de 500 famílias. Técnicos da Secretaria de Habitação e da Caixa Econômica Federal vistoriaram o local, nesta terça-feira (13). A administração municipal assinou, no ano passado, novo contrato com a empresa Compec Galasso, o qual deve ser concluído até o fim de dezembro e prevê implantação de saneamento básico, acessibilidade e mobilidade urbana para os moradores.
Entre as intervenções em andamento estão 3.600 m² de pavimentação das ruas Nicolau Dimitrow, Igarapava e Carmo, implantação de escada de acesso, muros de contenção, drenagem e paisagismo com a implantação de praças com parquinho e paisagismo com novas áreas verdes. Já, em parceria com o Saae, foram executadas rede de água e esgoto.
Por ser área de risco de desmoronamento, em 2017, 31 famílias foram realocadas pra o Conjunto Habitacional Brisas, Alta Vista e Parque das Aldeias, viabilizado por meio do Minha Casa, Minha Vida. Auxílio moradia foi disponibilizado para outras 108 famílias que devem retornar para a área quando for construído um novo empreendimento Minha Casa, Minha Vida. Além disso, 115 famílias já foram cadastradas e, como estão em área consolidada, terão a regularização fundiária em outra etapa.
As obras retomadas estão sendo viabilizadas por meio convênio de R$ 3.345 milhões, sendo 80% de repasses do governo federal vindos do PAC I– Plano de Aceleração do Crescimento, e os outros 20%, contrapartida do município.
Morador do bairro, o aposentado José Soares de Lima, 62 anos, viúvo mudou-se para a rua Igarapava há mais de 30 anos. Na época, praticamente era tudo mato. “Com as obras, agora vai ser 1.000% melhor, sem o barro e a poeira”, afirmou. Ele disse que quando comprou seu terreno era tudo mato, havendo somente uma casa na parte mais alta. “Aos poucos surgiram casas e de uma hora para outra, invadiram tudo, até o caminho, e ficamos cercados por moradias. Pra sair com o carro da garagem, tinha que pedir licença pras pessoas e passar com o carro colado às casas”, explicou José.
A esposa, conta o aposentado, morreu há 11 anos e costumava dizer que morreria e não ia ver tudo arrumado no bairro. “Mas eu estou vendo”, finalizou.