Apesar de alguns candidatos e parte do meio político considerar que a disputa no próximo 2 de outubro já está definida entre dois ou três nomes, baseados em números divulgados de forma oficial ou não nos últimos dias, um analista político – que acompanha as disputas em Guarulhos há mais de 20 anos – garante que não é bem assim. Reviravoltas na reta final fazem parte da história política na cidade. Algumas, inclusive, foram bastante surpreendentes.
A zebra
Em 1996, Néfi Tales entrou para a campanha como a grande zebra. Tanto que no segundo turno usou o animal como a imagem de sua candidatura. Apesar de muitos garantirem que o ex-prefeito Paschoal Thomeu venceria a disputa ainda no primeiro turno, Néfi conseguiu ir para o embate final e acabou ganhando com ampla vantagem, jogando por terra as afirmações de muitos “teóricos” políticos.
Última hora
Quatro anos depois, a discussão antes do turno inicial era para saber se seria o então deputado estadual Elói Pietá (PT) ou o prefeito Jovino Cândido (PV) que conseguiria ir adiante contra o mesmo Thomeu, em 2000. Foram os dois e o empresário ficou de fora, a partir de denúncias – nunca comprovadas – feitas de última hora.
Na reta final
Já em 2008, os favoritos para avançar ao segundo turno eram mais uma vez Jovino e o deputado estadual Sebastião Almeida (PT). Mas não é que Carlos Roberto (PSDB) subiu nas últimas semanas, foi para a disputa final e por uma diferença de apenas 5% não se tornou o prefeito da cidade. Somente em 2012 que a concorrência entre o petista e o tucano já estava sedimentada um bom tempo antes das eleições.
Quem chegará?
Esses fatos servem para ilustrar que um retrato feito hoje pode ser bem diferente daquele que sairá no dia 2 de outubro e que será para valer. Ou seja, em tese, os nove candidatos estão na disputa. Mas, com certeza, cinco deles têm condições reais de ir para o segundo turno. E nenhum – frise-se – tem lugar garantido nas urnas no sonhado 30 de outubro, quando será conhecido o novo prefeito de Guarulhos.
