A praça Assunta Rinaldi Barbosa, no Jardim São Paulo, conhecida como Praça do Skate, antes reduto de diversão para os jovens da cidade, foi reformada pela Prefeitura no primeiro semestre mas perdeu sua principal característica. O local – onde antes estavam as rampas de concreto para a prática do skate – agora conta com gramado e árvores. Resultado: a população se divide entre os que gostaram do novo visual e os que acham que a pista de skate era importante para o bairro.
Em um canto da praça foram instalados cinco aparelhos da Academia Popular. Irma Aparecida Segueto, 66 anos, aposentada, diz que “eles colocaram aparelhos que a gente não usa nenhum. Lá no Bosque Maia tem uns aparelhos melhores que a gente usa mais” explica.
Cláudio Meireles, 40, técnico em telecomunicações, diz que a pista de skate estava na praça há 25 anos e que ele podia usufruir dela todo este tempo. Era um ponto de diversão e não de tráfico de drogas, argumento usado por quem defendeu a retirada da pista. “Sempre frequentei a praça e nunca vi nada disso. Aliás, eu trazia o meu filho para andar de skate também, aqui não tinha nada de errado”, relembra. Ele, junto a alguns outros frequentadores da pista, tenta, por meio de advogados, fazer com que a Prefeitura volte atrás e reinstale o equipamento no local.
A comerciante Celene Bispo, 42, diz que a Prefeitura tem aparecido às vezes para fazer a manutenção da praça. “Eles estão só plantando e cuidando das plantas”. Para Celene, antigamente a praça era um reduto de adolescentes que iam ao local para usar drogas. “Hoje a gente vê mais crianças brincando nos aparelhos. Dizem que são para a terceira idade, mas quem usa são elas”.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a pista foi retirada após a realização de Plenárias do Orçamento Participativo do bairro nos últimos anos, atendendo ao pedido de moradores do bairro que reclamavam da quantidade de usuários de droga que frequentavam a pista. Ainda em resposta, a Secretaria informou que o local foi revitalizado, com a plantação de diversas espécies de arvores, entre elas, algumas frutíferas, além da instalação da Academia Popular.