Estadão

Róger Guedes diz que tentou liberação para enfrentar o São Paulo antes de ir para o Al-Rayyan

Confirmado como reforço do Al-Rayyan, do Catar, o atacante Róger Guedes deixou o Corinthians em um momento crucial da temporada, duas semanas antes do jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil, contra o São Paulo. Ele garante, contudo, que tentou convencer o clube catariano a fechar o negócio apenas depois do clássico, mas não teve alternativa a não ser sair neste momento. A janela de transferências do país árabe fecha dia 18 de agosto e o duelo com os são-paulinos está marcado para dia 16.

"Tentei ficar para o jogo da final (data decisão da Copa do Brasil, prevista para 23 de setembro), mas a janela fecha dia 18, foi um pedido deles que querem que eu vá agora. Aí, tentei de novo para ficar até dia 16, mas não conseguimos. Tentei ajudar o Corinthians, mas não conseguimos, tem a estreia deles (Al-Rayyan) dia 17. Então, é isso. É o melhor para mim", disse o jogador de 26 anos em entrevista ao SporTV.

A saída de Guedes foi recebida com frustração e certa dose de irritação pela torcida corintiana, que via no atacante o potencial para se tornar ídolo, caso conquistasse um título para somar ao feito de ter se tornado o maior artilheiro da Neo Química Arena, com 31 gols. A transferência para o mundo árabe, contudo, tirou do jogador a oportunidade de se tornar um nome mais relevante na história do clube. De acordo com ele, jogar no Catar era um desejo antigo.

"O que eu quis dizer com sonho de jogar no Catar é que era uma vontade minha e da minha família. É um lugar que eu já conheço bem e em que já estive de férias. Eu tinha um acordo com o Duiilio, tenho de agradecer, pois sem ele nada teria dado certo. Ele cumpriu o acordo que fizemos desde o começo. Todo mundo sabe que abri mão de dinheiro para vir", defendeu-se Róger Guedes.

Apesar da repercussão ruim de sua saída entre os torcedores, o atacante, que assinará com o Al-Rayyan por quatro temporadas, espera ter a oportunidade de retornar ao Corinthians. "Ano passado, neguei proposta para ficar, por entender o momento do clube, que não era legal. Hoje, chegou o momento de dizer adeus. Um dia, espero voltar, fui muito feliz, me acolheram bem. O maior clube do Brasil é o Corinthians, espero voltar".

Também disse compreender as críticas mais agressivas que vem recebendo de parte da torcida. "Entendo o torcedor que fica bravo, pelo carinho que criou comigo pela minha performance. Quero agradecer o carinho de todos. Quem está bravo é porque gostava de mim, me amava. De coração, se eu voltar ao Brasil, espero voltar ao Corinthians".

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