Ricardo Gomes, coordenador técnico da seleção brasileira, apontou Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, e Jorge Jesus, ex-Flamengo e atualmente no Fenerbahçe, entre os treinadores que estão sendo considerados pela CBF para a vaga deixada por Tite. O dirigente afirma que o fator decisivo para a escolha será a "competência" no trabalho. Atualmente, o Brasil é comandado interinamente por Ramon Menezes, comandante do sub-20.
"Não é a nacionalidade, é a competência. Independente da nossa cultura, sempre com treinadores brasileiros. Mas vamos citar dois que tiveram sucesso aqui no Brasil, um que ainda está, no caso nem considero estrangeiro, o Abel, com três ou quatro anos no Palmeiras, com sucesso, já conhece a cultura", revelou, em entrevista ao jornal português A Bola.
Para Ricardo Gomes, existem treinadores brasileiros capacitados para o cargo, mas teria sido criada uma impressão de "atraso" dos técnicos brasileiros após a derrota por 7 a 1 para a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo de 2014.
"Não é conhecer só futebol, é conhecer a cultura do país que você está treinando. Eu acho que temos no Brasil treinadores competentes para exercer, mais de um, muito mais de um. Depois do 7 a 1 de 2014, ficamos com essa imagem de atrasados, de que não estudávamos, e isso foi se alimentando no dia a dia", comentou.
O coordenador da seleção brasileira, que começou sua carreira como treinador justamente fora do Brasil, lembrou da passagem de Luiz Felipe Scolari no comando de Portugal, quando levou o combinado lusitano ao vice-campeonato da Eurocopa e às semifinais da Copa do Mundo de 2006.
"Posso garantir que temos treinadores gabaritados para assumir, brasileiros. E também tem dois portugueses que estiveram aqui, um está e um esteve. Podemos pensar nisso, assim como nós tivemos o Felipão em 2004 em Portugal", concluiu.
Ricardo Gomes foi escolhido para o cargo de coordenador técnico da seleção brasileira no início do mês. Da antiga comissão de Tite, ainda permanecem o fisiologista Guilherme Passos, o médico Rodrigo Lasmar e os analistas Bruno Baquete e Thomas Koerich. O primeiro compromisso do Brasil após a Copa do Mundo será no dia 25 de março, no Marrocos, contra a seleção local, que terminou o Mundial do Catar em quarto lugar.