O revezamento da tocha olímpica pelo Brasil começa na próxima terça-feira, mas o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016 ainda está à procura de atletas e ex-atletas que tenham competido pelo Brasil em edições anteriores para que eles também tenham a honra de participar do revezamento. Pelas contagens da historiadora Katia Rubio, são 1.796 atletas olímpicos brasileiros, sendo que 1.478 deles estão vivos. Há cerca de 12 mil vagas para condutores.
Após participar da cerimônia do acendimento da tocha, em Olímpia, na Grécia, Rubio iniciou uma campanha cobrando que os todos os atletas olímpicos brasileiros (que ela listou no Almanaque Atletas Olímpicos Brasileiros, lançado no ano passado), tivessem a oportunidade de participar do revezamento.
A campanha ganhou peso nas redes sociais, compartilhada por pós-atletas (como ela chama) como Bruno Prada e André Heller, medalhistas que não haviam sido convidados, e acabou chegando ao Comitê Rio-2016. O órgão argumentou que não tem o “contato atualizado” de todos e lançou uma campanha para encontrá-los, oferecendo o e-mail [email protected] para que os mesmos enviem seus dados.
“Os atletas são o maior legado do movimento olímpico. Não adianta discutir construções, infraestrutura, comunicação. Sem os atletas nada disso faz sentido. E muitos deles estão invisíveis, esquecidos. Depois de gastarem os melhores anos de suas vidas jogando com a camisa do Brasil, eles merecem ter esse reconhecimento. Eles escreveram a história do esporte com as suas habilidades. E agora, mais do que nunca, merecem ser lembrados e agradecidos por tudo o que fizeram”, cobra Rubio.
Apesar de o revezamento começar na próxima terça-feira, o Comitê Rio-2016 ainda não convidou oficialmente ninguém para carregar a tocha. Até agora, apenas patrocinadores fizeram convites, inclusive para ex-atletas.
Boa parte das vagas disponíveis será preenchida pelo Comitê Organizador, que criou listas como “medalhistas de ouro”, “medalhistas”, “atletas olímpicos”, “artistas” e “autoridades”. Com relação aos esportistas, encontrou como entrave o fato de o Comitê Olímpico do Brasil (COB) não ter uma base de dados com essas informações. Agora, espera encontrá-los a tempo da abertura dos Jogos, dia 5 de agosto.