Mais três mulheres acusam o vereador do Rio Gabriel Monteiro (PL) de estupro. As novas denúncias foram reveladas pelo "Fantástico", da "TV Globo", neste domingo, 3. As mulheres, que preferiram não se identificar, relatam casos semelhantes de relacionamentos consensuais que acabaram em violência. Influenciador digital com quase 7 milhões de seguidores no Facebook, 6,2 milhões no YouTube e 5 milhões no TikTok, o ex-policial militar também é acusado de assédio sexual e moral e de manipular vídeos que fazem sucesso nas redes sociais.
Na semana passada, o Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio se reuniu para discutir o caso de Gabriel Monteiro, mas decidiu recolher mais provas sobre a conduta do vereador antes de decidir sobre uma eventual representação.
A primeira mulher conheceu Monteiro por meio de um aplicativo de relacionamentos e contou que eles mantiveram relações consensuais até o dia em que o parlamentar desrespeitou sua negativa. "Antes do ato em si, ele disse que não iria pôr o preservativo. E eu questionei, falei: Você tem que colocar, sim, o preservativo . Nessa hora, ele simplesmente ignorou tudo que eu tinha falado e começou a relação sexual", contou a vítima ao "Fantástico".
Uma segunda mulher afirma ter sido vítima de Gabriel Monteiro aos 16 anos. Segundo ela, o então policial militar a teria convidado para uma suposta festa em sua casa. Ao chegar, percebeu que não havia o evento e presenciou o PM espancando outra mulher. Depois, Monteiro, segundo seu relato, convidou as duas para fazer sexo a três. "Ele foi e falou: vamos para o quarto. Eu falei: eu não quero. Vamos, vai ser legal, por favor, por favor. Aí ela veio também, me chamou e eu fui. Com medo, porque ele tinha acabado de tentar matar ela na minha frente. Eu fui", contou a vítima.
A terceira vítima é uma adolescente de 15 anos. Ao lado dos pais, ela prestou queixa por um vazamento de vídeos tendo relações sexuais com o parlamentar, responsável pela filmagem. A gravação viralizou nas redes sociais e foi retirada do ar na sexta-feira, dia 1º, após o Ministério Público do Rio conseguir uma liminar na Justiça. Segundo a vítima, a relação e a gravação foram consensuais.
Ao "Fantástico", o vereador negou, por meio de nota, ter praticado qualquer crime.