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Rio tem filas para vacina após primeira morte por febre amarela

O centro municipal de saúde Píndaro de Carvalho Rodrigues, na Gávea, zona sul do Rio, teve longas filas nesta quinta-feira, 16, no dia seguinte à confirmação de dois casos de febre amarela no Estado do Rio, sendo uma morte. Algumas pessoas esperaram até cinco horas para conseguir a vacinação.

É o caso da diarista Maria Valdelice Cardoso, 38, que chegou por volta das 8h, mas foi imunizada pouco depois das 13h. No período da manhã, foram distribuídas 100 senhas, que esgotaram por volta das 8h. Foi feita mais uma distribuição de 100 senhas às 12h30.

“Tirei o meu dia de trabalho para isso. Queria ter tomado antes, mas só era permitido para quem fosse viajar para áreas de risco. Fiquei assustada com a morte e decidi que não dava mais para esperar”, afirmou. Maria reclamou de ter precisado faltar ao trabalho. “Tem muita fila, fica todo mundo cansado, especialmente as crianças, que ficam irritadas, chorando”.

A babá Marta Roberta da Silva, de 34 anos, chegou às 10h, junto com o menino de quem toma conta, de 9 anos. O pai dele os acompanhou. “Dizem que o risco da doença chegar à cidade do Rio é mínimo, mas a população está apavorada depois da confirmação da morte. Até então não tinha caso perto”, disse ela, que conseguiu a senha 51 para vacinação no período da tarde.

Também babá, Raphaelle Gomes, de 26 anos, se vacinou nesta quinta. Ela trabalha no Rio de segunda a sexta, mas viaja todos os finais de semana para Leopoldina, em Minas Gerais. Na cidade mineira, faltou vacina por cerca de dois meses, mas recentemente chegou reforço.

“Sei que estou em risco, que deveria vacinar faz tempo, mas a gente vai adiando. Foi desleixo, mas agora que chegou no Rio também não dava mais para adiar”.

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