Sob chuva fina, silêncio e uma atmosfera cinzenta, o corpo de Roberto Dinamite começou a ser velado pouco depois das 10h15 desta segunda-feira no estádio São Januário, na zona norte do Rio de Janeiro. Desde antes de os portões abrirem, centenas de torcedores do clube, de todas as idades, fizeram fila do lado de fora para participar das últimas homenagens ao maior ídolo da história do Vasco.
A fila de torcedores circundava boa parte do estádio e o silêncio só era quebrado ao longo dela quando torcedores trocavam lembranças do ídolo, mesmo com desconhecidos. "Ele não davam sossego para o Flamengo", "participou de duas Copas", "nunca vi um atacante como ele" eram algumas das frases ouvidas.
O corpo de Dinamite está sendo velado no gramado do São Januário, ao lado da estátua do jogador. A cerimônia ao público permanecerá aberta até as 19h. Na terça, haverá um ato restrito aos familiares a partir das 9h e depois ele será levado para sepultamento na cidade de Duque de Caxias.
Dinamite morreu aos 68 anos em decorrência de um câncer no intestino, diagnosticado em 2021. Ele havia sido internado na quinta-feira e teve a morte confirmada na manhã de domingo.
Apesar da chuva que cai praticamente sem parar desde sexta-feira no Rio, a expectativa é que o velório conte com a presença de diferentes autoridades do mundo da política e do futebol. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), deverá ir a São Januário por volta do meio-dia. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, é esperado no fim da tarde. O cartola passou o fim de semana na Bahia.
Maior artilheiro da história do Vasco, do São Januário, do Campeonato Brasileiro e Carioca, e de todos os principais clássicos do Rio, Roberto Dinamite também teve atuação na política do clube e partidária. Ele foi vereador na capital fluminense e deputado estadual por cinco mandatos, além de ter presidido o Vasco em duas ocasiões.