O Rock in Rio anunciou também a primeira atração do novo Espaço Favela: a banda Canto Cego, criada na Favela da Maré e com passagens por palcos do Brasil e da Suíça, no Festival de jazz de Montreux. O grupo é formado por Roberta Dittz, Rodrigo Solidade, Magrão Kovok e Ruth Rosa, tem letras combativas e um som que não terá dificuldade em agradar aos “metalheads” do dia do metal no festival.
Apesar das boas intenções do festival, o espaço já levantou questionamentos quando foi anunciado, em abril deste ano, como o de isolar os artistas vindos das comunidades, mantendo a separação, e se utilizar de estéticas e jeitos de produzir típicos das favelas para faturar em cima de quem tem condições de pagar mais de R$ 400 por um ingresso.
Ritmos diversos devem marcar presença, do samba ao funk e à música orquestral. O curador do espaço, o jornalista e produtor Zé Ricardo, afirma que a ideia não é dar voz aos artistas das favelas, “porque vozes eles já têm”. “Como desdobramento, queremos abrir uma conversa com a sociedade sobre a maneira de olhar as favelas. Na minha visão, elas são muito mais potência do que carência.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.