O gol irregular marcado por Jô na vitória do Corinthians sobre o Vasco por 1 a 0, domingo, no Itaquerão, ainda rende muita discussão e polêmica. O meia Rodriguinho admitiu, em entrevista nesta segunda-feira, que não admitiria o toque caso marcasse um gol irregular e criticou a forma com que o assunto está sendo abordado. Na sua opinião, existe um exagero contra o time alvinegro.
“Acho legal a discussão do fair play, mas não pode ser exagerada. Certas coisas ninguém vai fazer. Se eu fizer um gol impedido, não vou ser eu que vou falar, e ninguém falaria. Tem de ser o jogo mais limpo possível, sem tirar vantagem. Mas, explicando o lance do Jô, ele estava dividindo e, às vezes, a gente não sabe onde a bola pega. Tem que ver na TV. Pegando o cara saindo de campo, é complicado. Ele falou que não pegou, mas ali ele não tem a noção exata do que aconteceu”, disse o meia.
Rodriguinho acredita que o lance criou uma discussão desproporcional e acredita que tudo isso ocorra por ser um lance favorável ao Corinthians e, quando acontece o inverso, a reação não é a mesma.
“Acho que quando é ao nosso favor, a maioria das pessoas pega bem pesado. Quando é contra a gente, é esquecido rapidamente. São coisas são que estamos acostumados aqui dentro”, completou.
Ao ser lembrado sobre o lance de Rodrigo Caio, que no clássico com o São Paulo, admitiu que não sofreu falta de Jô e isso evitou que o atacante levasse cartão amarelo e ficasse fora do jogo seguinte da semifinal do Paulistão, Rodriguinho saiu pela tangente e disse que não dá para comparar os lances.
“Não querendo justificar, mas são lances distintos. É muito difícil alguém em um gol falar que bateu na mão ou que estava impedido. O que o Rodrigo Caio fez é uma coisa para enaltecer, é um fair play muito legal. Mas se a gente começar a discutir cada lance se está impedido ou não, é muito complicado”, opinou.