O Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) do sistema bancário atingiu 14,06% em 12 meses até dezembro do ano passado, ante taxa de 13,60% de seis meses antes. Os dados são do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2023, divulgado nesta terça-feira pelo Banco Central.
"Após recuperação no segundo trimestre de 2023, a rentabilidade do sistema apresentou modesta melhora no segundo semestre do ano. Houve estabilidade das despesas com provisões, das receitas operacionais e das despesas administrativas", avalia o documento divulgado pelo BC.
Para 2024, a autoridade monetária afirma que a perspectiva para a rentabilidade é de leve tendência de melhora. "A evolução da qualidade das concessões de crédito deve reduzir o risco de crédito e, consequentemente, a pressão no resultado decorrente de provisões. O ciclo de queda da taxa Selic reduz as despesas com captações, estimula a demanda por crédito e outros serviços bancários e ameniza o risco de crédito, assim como o processo de desinflação diminui as pressões sobre os custos operacionais. Esses elementos, em conjunto, tendem a contribuir para resultados melhores em 2024", avalia o relatório.
<b>Índice de Basileia</b>
O Índice de Basileia do Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu 18,0% em dezembro do ano passado, ante uma taxa de 17,5% verificada em junho do mesmo ano, número revisado nesta terça.
O Índice de Basileia é um conceito internacional, definido pelo Comitê de Basileia, que estabelece uma relação mínima entre o Patrimônio de Referência (PR) e os ativos ponderados pelo risco (RWA, na sigla em inglês) dos bancos.
No Brasil, o índice a ser obedecido é de 8%. O porcentual significa que, para cada R$ 100,00 que um banco empresta, a instituição precisa ter R$ 8,00, levando-se em consideração o nível mínimo regulatório.