Estadão

Roger Waters abre turnê pelo País com reafirmação política no Mané Garrincha

"Se você é um daqueles que diz: Eu amo o Pink Floyd, mas não suporto a política do Roger , você pode muito bem se retirar para o bar agora". Assim começou o primeiro show da turnê global de despedida dos palcos de Roger Waters, o ex-vocalista da banda Pink Floyd na noite desta terça-feira, 24, no Estádio Mané Garrincha em Brasília.

Em letras garrafais antes mesmo da primeira música, Waters deixou uma mensagem clara com um pedido pela saída dos que se incomodam com o seus posicionamentos políticos.

O cantor britânico é bem conhecido por, além do talento, ter um posicionamento em favor dos direitos humanos – e é um crítico ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em outubro de 2018, durante a turnê <i>Us + Them</i>, Waters usou o telão para passar mensagem que associava o ex-presidente, e outros políticos da direita, ao ressurgimento do neofascismo no mundo junto à frase "fuck the pigs!" (f****-se os porcos).

O primeiro show da turnê <i>This is Not A Drill</i>, nesta terça, teve grandes sucessos da banda Pink Floyd e emocionou o público com canções marcantes como<i> Wish You Were Here, Another Brick in the Wall, Have a Cigar</i> e Is <i>This the Life We Really Want?</i>.

A turnê de despedida dos palcos continua no sábado, 28, no Rio de Janeiro. A agenda também conta com shows em Porto Alegre (1/11); Curitiba (4/11); Belo Horizonte (8/11) e São Paulo (11/11).

<b>Visita ao presidente Lula</b>

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou, na segunda-feira, 23, com Waters no gabinete da Presidência do Palácio do Planalto. A visita de Waters no Planalto foi compartilhada por Lula no X (antigo Twitter).

O presidente disse que o ex-Pink Floyd tentou visitá-lo em 2018, enquanto estava preso por conta da Operação Lava Jato em Curitiba, mas o encontro não foi concretizado.

Segundo o Planalto, Waters disse a Lula que deseja ver a expansão da Declaração Universal dos Direitos Humanos no mundo. Lula disse ao artista que "não se conforma" que o planeta gaste a sua capacidade tecnológica para investir em armas em vez da erradicação da pobreza.

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