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Romário muda versão e admite ter tido conta em banco de André Esteves

O senador Romário Faria (PSB-RJ) admitiu nesta sexta-feira ter tido uma conta bancária no banco suíço BSI, que em julho de 2014 foi adquirido pelo banco BTG Pactual, de propriedade de André Esteves. Na gravação que levou à prisão Esteves e o senador Delcídio Amaral (PT-MS), o parlamentar e o advogado Edson Ribeiro sugerem que Romário fez um acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que mantém boa relação com o banqueiro.

A notícia de que Romário era dono de uma conta no banco BSI da Suíça foi revelada pela revista Veja em julho deste ano. A publicação chegou a publicar um extrato da conta com um saldo num valor equivalente a R$ 7,5 milhões.

Num primeiro momento, o senador, presidente da CPI do Futebol, disse que não se lembrava de ser proprietário da conta. Dias depois, Romário viajou para a Suíça ao lado de sua ex-mulher para obter uma confirmação do banco. No dia 5 de agosto, o senador divulgou um comunicado BSI – cujo dono é Esteves – afirmando que o extrato divulgado por Veja era “falso”.

A revista chegou a reconhecer que cometera um erro. Nesta sexta-feira, o jornal O Globo publicou uma entrevista em que Romário admite ter sido dono, de fato, de uma conta no banco BSI. “Quando eu jogava na Europa, tive uma conta no BSI, só não sei o ano”, disse o ex-jogador.

Pelo acordo citado na conversa que levou Esteve à prisão, Romário abandonaria seu desejo de ser candidato a prefeito para apoiar o candidato de Paes, o deputado federal licenciado Pedro Paulo Carvalho (PMDB).

O caso é mencionado logo no começo da conversa gravada no dia 4 de novembro deste ano pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo. “Ai tá, pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes com o Pedro Paulo, é, com o Romário”, diz Delcídio. “Ué, fizeram acordo né?”, comenta Ribeiro. “Diz o Eduardo que fez”, afirma o senador do PT. “Tranquilo. Tinha conta realmente do Romário”, ressalta Ribeiro. Surpreso, o filho de Cerveró questiona: “Tinha essa conta?”. Na sequência, Delcídio conclui: “E em função disso fizeram acordo”.

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