O senador Romário (PL-RJ) se pronunciou nas redes sociais na noite desta segunda-feira, 27, sobre a suposta participação dele em um esquema de desvio de dinheiro de projetos de esportes da prefeitura do Rio de Janeiro. De acordo com o parlamentar, as acusações feitas pelo empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, em delação premiada, são "completamente infundadas e sem provas".
De acordo com o <i>UOL</i>, Romário e o vereador do Rio Marcos Braz (PL), atual vice-presidente de futebol do Flamengo, estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeitas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O Supremo Tribunal Federal (STF) teria autorizado no início deste mês a abertura de um inquérito para investigar o caso. Marcos Braz ainda não se manifestou sobre as acusações.
"Matéria publicada hoje (segunda-feira, 27) no UOL, baseada na delação de um corrupto, safado e ex-presidiário, Marcus Vinícius Azevedo da Silva, traz acusações completamente infundadas e sem provas contra mim. O STJ anulou a denúncia, destacando a falta de credibilidade do delator, que tenta, com suas mentiras, manipular os fatos para obter benefícios", escreveu Romário.
O ex-jogador de futebol afirmou ainda que acredita na Justiça e no "inquestionável arquivamento da investigação".
"Aos babacas de plantão e àqueles que remam contra, torcendo pelo meu insucesso, digo que estou no momento mais feliz da minha vida. Nada me abala. Nada me afeta. Continuo dormindo tranquilo, como sempre dormi, nesses 14 anos de política", concluiu.
Segundo a delação de Marcos Vinícius, Marcos Braz teria sido o responsável pelo recolhimento de valores desviados no esquema de corrupção para "favorecimento ilícito de Romário". O suposto esquema teria ocorrido entre janeiro de 2016 e março de 2016, quando o atual homem forte do futebol rubro negro comandava a Secretaria Municipal de Esportes do Rio, sob indicação do senador Romário.
De acordo com o <i>UOL</i>, o MPF e a PF investigam contratos assinados por Braz com a ONG Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania (Cebrac), no valor de R$ 13 milhões, para a gestão de vilas olímpicas. A entidade seria a fonte dos recursos desviados, a partir do superfaturamento de valores dos serviços prestados. De acordo com o delator Marcus Vinícius, complementa o portal de notícia, houve direcionamento no processo que selecionou a entidade.